segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uso de células-tronco no tratamento de diabetes?


"Isso é possível?" - É a pergunta que sempre surge quando o assunto é células-tronco. Mas é isso mesmo, pelo menos é o que revela estudos da USP-Ribeirão Preto, uma das mais renomadas Universidades do país. Tal estudo reune a ação de células-tronco e de quimioterapia para analisar seus efeitos no diabetes mellitus tipo 1.

A pesquisa indica que o nível de peptídio-C aumentou nos pacientes submetidos ao tratamento. Tal substância é um dos resíduos da produção de insulina pelas células beta do pâncreas, portanto exerce uma relação de proporção direta com este hormônio e serve de indicador do funcionamento das células produtoras de insulina.

Entretanto, não dá para afirmar que os benefícios do transplante sejam permanentes, já que existem casos de pacientes que tiveram que voltar a tomar hormônios sintéticos. Mesmo nessa situação, o peptídio-C tem seu nível aumentado, o que indica melhor funcionamento pancreático e, provavelmente, resultará em melhor evolução da doença (diminuindo o risco de complicações oriundas da doença, por exemplo). A maioria dos pacientes submetida ao estudo permanece independente da insulina, com bom controle glicêmico. Além disso, aqueles que precisaram voltar a injetar a substância tomam doses bem mais baixas.

Tal tratamento é indicado para portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 e deve ser iniciado em pacientes recém-diagnosticados, pois, como a principal causa da doença é problema autoimune, as células-tronco combatem este mal, mas não agem nas células do pâncreas já destruídas.

Portanto, a esperança de cura ainda é alta, e pacientes de diabetes Mellitus tipo 1 devem continuar correndo atrás, já que este estudo mostrou que células-tronco do próprio portador está provocando a volta do funcionamento do pâncreas, livrando-o da necessidade da insulina.



Referências:
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=transplante-de-celulas-tronco-livra-diabeticos-das-injecoes-de-insulina&id=4070
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u550848.shtml
http://www.icb.ufmg.br/mor/mor/Disciplinas/Embriologia/cel_tronco_files/image002.jpg

domingo, 29 de novembro de 2009

Congresso = Novas Resoluções


A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) se posicionou acerca da cirurgia do diabetes, que é uma variação da cirurgia bariátrica, no I Congresso Panamericano de Cirurgia do Diabetes tipo 2, realizado no último dia 16.

Esta cirurgia consiste na redução estomacal acompanhada da retirada da primeira porção do intestino (duodeno), o que provoca um caminho diferente para o alimento. Isso provoca um aumento no estímulo da produção de insulina e reduz a resistência a ela.

No Congresso foram discutidos os seguintes tópicos:
  • Diabéticos que possuem o IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 35 kg/m2 e não são bem controlados com tratamento clínico e modificações no estilo de vida DEVEM ser considerados para a realização da cirurgia gastrointestinal. E no caso daqueles que possuem o IMC entre 30 e 35 kg/m2 e o diabetes tipo 2 não está controlado também PODEM contar com a alternativa cirúrgica. A cirurgia parece ser a opção mais adequada até este momento para estes pacientes;
  • Novos procedimentos, como transposição ileal e gastrectomia vertical, devem acontecer apenas em protocolos aprovados por comitês de ética em pesquisas locais ou nacional. Mesmo tendo apresentado resultados promissores em estudos iniciais;
  • Prioridade é dada a pesquisas com diabéticos do tipo 2 com IMC abaixo de 30 kg/m2;
  • A SBCBM está aberta a receber todos os grupos que desenvolvem estudos no assunto, para que a pauta seja de conhecimento de qualquer interessado e que adquira maior credibilidade no meio científico;
  • Estudos controlados e randomizados são incentivados para que comprovem a utilidade de cirurgias do trato intestinal no tratamento de diabéticos mellitus tipo 2.

Todos eles foram aprovados, já que tiveram mais de 75% de aprovação. Entretanto, é importante lembrar que deve haver uma reestruturação do regime alimentar do paciente submetido a tal operação, já que a eliminação de parte do intestino compromete a absorção de vitaminas e minerais que acontecia ali. Dessa forma, evita-se possíveis complicações.

A cirurgia de interposição do íleo (criada pelo Dr. Áureo Ludovido de Paula) é considerada ilegal pelo Conselho Nacional de Saúde, mas tem apresentado resultados favoráveis, pois esta porção final do intestino libera hormônios que induzem a ação da insulina.



Referências:
http://www.sbcb.org.br/asbcbm_noticias.php?not_id=10
http://www.tuasaude.com/cirurgia-para-diabetes/
http://www.endocrino.org.br/cirurgia-do-diabetes-dm2-interposicao-ileo-conep-cfm/
http://www.jornalpequeno.com.br/Fotos/JP22436.68009.A.jpg
http://www.diabetescirurgia.com.br/MyImages/diabetes.jpg

sábado, 28 de novembro de 2009

Hiperglicemia e glicação de proteínas



Uma das complicações do diabetes é a glicação de proteínas, que é uma das consequências da alta concentração de glicose circulante. Proteínas que tem carboidratos adicionados de forma inapropriada podem ter suas funções prejudicadas.

No decorrer dos anos ou das décadas, a hiperglicemia prolongada promove o desenvolvimento de lesões orgânicas extensas e irreversíveis, afetando os olhos, os rins, os nervos, os vasos grandes e pequenos, assim como a coagulação sanguínea. Os níveis de glicose sanguínea persistentemente elevados são tóxicos ao organismo por três mecanismos diferentes: mediante a promoção da glicação de proteínas, pela hiperosmolaridade e pelo aumento dos níveis de sorbitol dentro da célula.

Pode-se realizar um monitoramento da intensidade e da duração da hiperglicemia medindo o grau de glicação que ocorre nas proteínas, e normalmente utiliza-se a hemoglobina como parâmetro. O teor de hemoglobina glicada (A1C) está relacionado com o valor médio da concentração de glicose ao longo dos três meses que precederam a realização da avaliação, sendo que pacientes diabéticos podem apresentar concentrações de hemoglobina glicada até três vezes maiores que pacientes normais.

A A1C é um componente menor da hemoglobina, sendo encontrada em indivíduos adultos não diabéticos em uma proporção de 1% a 4% dos indivíduos normais. Na prática, os valores normais de referência vão de 4% a 6%. Níveis de A1C acima de 7% estão associados a um risco progressivamente maior de complicações crônicas. Por isso, o conceito atual de tratamento do diabetes define a meta

de 7%. Esse tipo de procedimento, que mede o teor de hemoglobina glicosilada, pode ser usado para avaliar se determinado tratamento é eficiente ou não no controle do diabetes, e normalmente os especialistas recomendam que ele seja feito duas vezes ao ano. Também serve como referência para avaliar a eficácia de um tratamento em relação a outro.





Referências:

Bioquímica Básica, Bayardo B. Torres; Anita Marzzoco

http://www.diabetes.org/

http://www.diabetesalinstante.com/images/HEMOGLOBINAGLICOSILADA1.jpg

http://www.fundaciondiabetes.org/diabetesinfantil/la_diabetes/img/2A2_6.gif



quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Curva Glicêmica

Com o Diabetes Mellitus tipo 2 sendo considerado uma epidemia global, é de fundamental importância a realização do Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), ou também chamado de Curva Glicêmica, naqueles que suspeitam de portarem a doença ou apenas como prevenção por outros que cuidam de sua saúde. Este teste é considerado o padrão-ouro para diagnosticar o Diabetes Mellitus, já que seu resultado é bastante confiável. Entretanto, mesmo tomando todos os cuidados necessários, testes realizados em dias distintos podem apresentar resultados conflitantes. Logo, a interpretação deve ser feita com bastante cautela e por um médico que conheça a história clínica do paciente.

O exame para detectar a glicose sanguínea é feito com o paciente em jejum e após ser submetido a uma sobrecarga de glicose, que consiste na administração de 75 g de glicose - em solução aquosa a 25% - por via oral, seguida de coletas seriadas de sangue, nos tempos 0 e 120 minutos, para a dosagem de glicose. Em crianças, administra-se 1,75 g/kg de peso corporal até a dose máxima de 75 g.

A sobrecarga de glicose depende da coleta basal. Coleta-se 1 mL de plasma para cada tempo da curva. Se a glicemia evidenciada na coleta em jejum for inferior ou igual a 140 mg/dL, realiza-se a sobrecarga (aplicando os 75 g de glicose oralmente), mas se a glicemia for superior a esse valor, o teste só continua com a autorização do médico assistente.

Este teste não necessita de autorizações médicas para ser realizado, caso a procura seja por laboratórios particulares. Contudo, em hospitais da rede pública, é necessário que o médico solicite o exame para o paciente, mas é evidente que isso ocorre apenas por questão de controle de gastos. Entretanto, em ambos os casos, é preciso realizar agendamento para sua realização.

A interpretação dos resultados acontece da seguinte maneira:
- Em jejum, o valor encontrado entre 100 e 125 mg/dL de glicose no sangue evidencia intolerância à glicose, também conhecida como pré-diabetes;
- Duas horas após a sobrecarga, valores inferiores ou iguais a 140 mg/dL indicam normalidade;
- Duas horas após a sobrecarga, valores entre 140 e 200 mg/dL de glicose no sangue evidenciam intolerância à glicose;
- Valor acima de 200 mg/dL encontrado após 120 minutos declara o diagnóstico de diabetes mellitus.

Para haver a realização de todo esse procedimento, é recomendado que o paciente tenha alguns cuidados: 3 dias antes da realização da prova, o paciente deve ingerir, ao menos, 150 g de carboidratos por dia; deve evitar medicamentos que interfiram no metabolismo de carboidratos; o paciente deve continuar exercendo suas atividades físicas habituais; durante o teste, o paciente deve manter-se em repouso e sem fumar; deve evitar bebidas alcoólicas dias antes do teste; não tomar laxantes e, caso tenha diarréias, adiar o exame; e deve estar em jejum a, pelo menos, 8 horas.

A curva glicêmica acontece, preferencialmente, pela manhã.

A dosagem de glicose, os tempos de coleta e os critérios de diagnósticos são diferentes para gestantes. Para elas, em uma primeira fase, faz-se a glicemia de jejum ou a glicemia de 1 hora após a ingestão oral de 50 g de glicose (sem necessidade de jejum prévio). Resultados de glicemia de jejum iguais ou acima de 85 mg/dL ou após sobrecarga maior ou iguais a 140 mg/dL são considerados positivos e com indicação de realização de TOTG. Na segunda etapa, a gestante que se enquadrou na primeira fase realiza o TOTG como uma pessoa não-gestante, administrando 75 g de glicose. Daí para frente, tudo funciona igual. Caso um dos limites de 125 mg/dL (coleta basal) e de 140 mg/dL (após 120 minutos) sejam ultrapassados, é diagnosticado a diabetes gestacional.




Referências:
http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/curva_glicemica.shtml
http://www.laboratoriobioclinica.com.br/exames/detalhes.aspx?idex=26
http://www.cidlab.com.br/ex_descr/curva_glicemica.htm
http://www.centralx.com.br/fmfiles/index.asp/::site_phr::/docs/Curva_glicemica/grafico_4.jpg
http://www.my-personaltrainer.it/salute/curva-glicemica.gif

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Um pouco de anatomia


A insulina é uma das primeiras coisas na qual se pensa quando o assunto é diabetes. Mas onde ela é produzida?

O pâncreas é um órgão que está localizado atrás do estômago, entre o baço e o duodeno, sendo uma glândula mista. Sua parte exócrina contribui com o sistema digestório, onde lança suas secreções através do ducto pancreático e ducto pancreático acessório, nas papilas maior e menor do duodeno respectivamente.
Sua parte endócrina produz hormônios que atuam na regulação das atividades metabólicas do corpo, particularmente aquelas associadas com o metabolismo de carboidratos. Existe um grupo agregado de células chamadas ilhotas pancreáticas (antigas “ilhotas de langerhans”), arranjadas em cordões irregulares separados por um rico sistema vascular de vasos capilares ou sinusóides. Dentro dessas ilhotas existem pelo menos três tipos funcionais de células: células alfa (que produzem glucagon), células beta (que produzem insulina), e células D (que produzem somatostatina).

O suprimento sanguíneo principal do pâncreas se faz por meio de ramos da artéria esplênica e mesentérica superior.



Referências:
http://www.gopetsamerica.com/anatomy/illustrations/pancreas.jpg
Anatomia Humana, Dangelo&Fattini
Anatomia Humana, Frank H. Netter


terça-feira, 24 de novembro de 2009

No diabetes, o comportamento do organismo é similar ao jejum prolongado.


No jejum prolongado, prevalecem as vias metabólica degradativas, com o hormônio glucagon atuando praticamente sem o antagonismo da insulina, adaptando o organismo a sobreviver sem a ingestão de nutrientes. A gliconeogênese atua fornecendo glicose através de substratos que não são carboidratos, sendo a principal fonte a proteólise muscular. Essas proteínas, em condições normais, sofrem renovação contínua, mas no quadro do jejum sua síntese fica prejudicada, levando a uma descompensação entre síntese e degradação, o que pode acarretar em um balanço negativo de nitrogênio. A hidrólise dos triacilgliceróis produz ácidos graxos que serão utilizados para produção de acetil-coa e glicerol que pode ser substrato para a gliconeogênese. O acúmulo de acetil-coa, juntamente com a baixa de oxaloacetato*, induz a formação de corpos cetônicos, com o risco de cetoacidose grave. Essa situação permanece, e é intensificada à medida que o jejum se prolonga.

*Para a oxidação eficiente de acetil-coa pelo ciclo de Krebs, há necessidade de níveis compatíveis de oxaloacetato, para promover a reação de condensação que inicia o ciclo. Na ausência de carboidratos, diminui a concentração de piruvato, e conseqüentemente a sua conversão a oxaloacetato.

No diabetes tipo 1 a deficiência na produção de insulina impede o aproveitamento de glicose pelos tecidos insulino-dependentes, além de haver um aumento na concentração de glucagon (pois deixa de haver o efeito inibitório da insulina). Essa condição em que a razão insulina/glucagon é permanentemente baixa acaba por mimetizar uma carência nutricional, mesmo o indivíduo estando com altos níveis plasmáticos de glicose. Nesse quadro, também prevalecem as vias metabólicas degradativas, como a glicogenólise, gliconeogênese e a lipólise. Todas essas alterações metabólicas são derivadas da carência celular de glicose, e podem levar as mesmas conseqüências do jejum prolongado, com o balanço negativo de nitrogênio e cetoacidose.

Fontes: www.diabetes.org
Bioquímica básica, Bayardo B. Torres; Anita Marzzoco




domingo, 22 de novembro de 2009

Eu tenho diabetes!

A paciente A.B.S., de 42 anos de idade, que descobriu ser diabética do tipo II no final de julho deste ano, concordou em dar um breve depoimento sobre o Diabetes na sua vida.

Como descobriu ser diabética?

Fui ao ginecologista, ele me passou uma série de exames de rotina e quanto medimos a glicemia, estava bem alta. Eu já sabia que era pré-diabética havia três anos. No começo, ao receber o susto, me cuidei bastante, cheguei a perder 16kg, mas depois relaxei de novo e ganhei 20kg. Eu sou o único caso de Diabetes em toda a minha família e percebo que meu nível glicêmico está muito atrelado ao meu emocional: se fico estressada, minha glicemia vai nas alturas!

Que hábitos o Diabetes te fez rever?

Logo que descobri, procurei um endocrinologista e um nutricionista especializado na área. Mudei muito os hábitos alimentares, costumava comer bastante e ter uma alimentação bem desregrada. Era a fã número 1 do McDonald's, mas agora, com a ajuda do nutricionista, tenho me cuidado e emagreci, durante esses 5 meses, 14kg. Tenho praticado exercícios físicos, mas sei que ainda não é o bastante (risos).

Quão diferente está a sua vida agora?

Eu não cuidava: comia muito e a qualquer hora. Percebo que tinha menos energia, estava geralmente muito indisposta. De fato estou mais disposta, em compensação, às vezes fico mal-humorada: meu organismo está mal-acostumado com comer pouquinho e eu sinto fome constantemente, isso mexe comigo emocionalmente.

Você acha que lida bem com a doença?

Não muito, ainda estou aprendendo, sabe?! No começo, eu bloqueei tudo que dizia respeito a isso. Não queria saber de nada! Mas as coisas já mudaram bastante durante esse curto período, às vezes até me pego fazendo piadinhas a respeito de Diabetes... Todas as pessoas ao meu redor sabem e não tenho vergonha disso, mas ainda não estou completamente acostumada com o fato.

Como foi o apoio dos familiares e amigos?

Todos me apoiaram muito desde o início. Devo muito ao meu marido e filhos. Tenho um filho que está no segundo ano de Medicina e ele foi atrás de muitas coisas pra mim. Ele quem procurou o endocrionologista e o nutricionista. Meu marido tem agüentado firme, não tenho do que reclamar: ele que tem que aturar aquele mal-humor de que te falei (risos).

Já teve alguma crise hiper/hipoglicêmica?

Não. Como falei, desde que descobri, mudei muito meus hábitos, meço a glicemia freqüentemente. Estou me cuidando mesmo. Estou freqüentando um grupo de apoio a diabéticos organizado por alunos e professores da UnB, o "Doce Desafio".

Pode falar um pouco desse grupo?

O nutricionista de que te falei que me indicou, ele trabalha lá. Freqüento duas vezes por semana, eu vou à tarde, mas eles fazem esse trabalho de manhã também. É formado por uma equipe multidisciplinar, tem médico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e alunos de todos esses cursos. A gente chega e logo medem a nossa glicemia e aferem a pressão, depois tem a parte do exercício físico, que temos feito com elásticos, então vem a recreação, em que praticamos esportes, o último foi handebol. Aí vêm as palestras, que nos esclarecem sobre temas diversos relacionados ao Diabetes: todo encontro tem um tema diferente, fazem teatrinho, mostram fotos - umas até bem feias de se ver, eu tenho uma resistência a essas fotos, viu?! -. Antes de ir embora, a gente faz medição glicêmica e afere a pressão mais uma vez. Tudo muito bem orientado e acompanhado pelo pessoal que trabalha lá.
Para aquelas pessoas mais carente que freqüentam o grupo, eles oferecem as fitinhas de medição glicêmica. Esse mesmo projeto também atua em Samambaia, e já existe há algum tempo, eu conheço gente que está lá há cinco anos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vídeos

Confira os Vídeos-Campanha feitos especialmente para o Dia Mundial do Diabetes, que foi no último sábado!

http://www.diabetes.org.br/sala-de-noticias/noticias/noticias-da-sbd/1060-videos-campanha-dia-mundial-do-diabetes-2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Caro colega, desculpe minha ignorância!

Hoje, em sala de aula, fui questionada da seguinte forma: "Como agem os antidiabéticos orais no tratamento da diabetes?". E eu, confiante que só vendo, arrisquei: "Ah, eles atuam aumentando a sensibilidade dos receptores pela insulina."... e como esperado, quebrei a cara!!

Mas nem tudo está perdido! Pois vim aqui me redimir.

Para poder explicar meu erro, tenho que começar dando uma esclarecida no assunto:

Os antidiabéticos orais são pílulas usadas, como primeira escolha, no tratamento de diabetes mellitus tipo 2 de pacientes que não respondem a cuidados não-farmacológicos isolados e sua ação é a de controlar a glicemia. Assim, são totalmente contra-indicados no tratamento de diabetes mellitus tipo 1 e gestacional (nem se fala da diabetes insipidus, que não tem relação com insulinoterapia, até porque não há problema com hiperglicemia). Eles são de boa aceitação por quem usa e de fácil prescrição pelo médico, além de reduzirem a incidência de complicações oriundas da doença.

Existem vários tipos de antidiabéticos orais, sendo eles pertencentes aos grupos: sulfoniluréias, biguanidas, inibidores da alfa glicosidase, tiazolidinedionas (Glitazonas), meglinitidas. E cada um deles age de maneira distinta no metabolismo.
















Uns atuam estimulando as células beta do pâncreas, produtoras de insulina, a liberá-la no plasma. Outras agem diminuindo a resistência para a ação da insulina nos receptores das células. Enquanto um outro grupo reduz a produção de glicose pelo fígado, sem incentivar a liberação de insulina. E por último tem aqueles que atuam na digestão, diminuindo a velocidade de absorção de glicose proveniente dos alimentos, principalmente oriunda de carboidratos que serão absorvidos no intestino.

Os objetivos de controle com esses comprimidos incluem as glicemias de jejum, pré e pós-prandiais e a glico-hemoglobina. E eles são utilizados, geralmente, com as refeições. Se o controle metabólico adequado não for alcançado, mesmo com a associação de dois ou mais antidiabéticos orais (o que é permitido), o paciente é candidato à terapia insulínica. Contudo, para atingir esse estado, o paciente primeiro é submetido ao tratamento. Se a resposta inicial não for satisfatória (o que, na maioria das vezes, não ocorre), tem-se o quadro de falha primária. E se há o controle da glicemia a princípio, mas depois esse controle é perdido, denomina-se falha secundária.

Tais falhas terapêuticas são comuns no uso da monoterapia, mas isso tem decorrência do mal comportamento do paciente, que não segue a dieta prescrita, não realiza atividades físicas regulares e, ainda por cima, são submetidos a estresses subsequentes. Aí já viu, né?! Insulinoterapia para aquele que não era insulino-dependente, ou seja, aí sim admite-se a insulina no tratamento do diabético tipo 2.

Com tudo isso, o que você tem a dizer da charge ao lado?

E você, querido colega, perdoa minha infâmia?



Referências:
http://www.insulinoterapia.com.br/images/insulina2.jpg
http://tiojuliao.diabetes.org.br/Dias_Betty/dicas/dica23.php
http://sociedades.cardiol.br/sbc-rs/revista/2006/08/o_uso_de_antidiabeticos.pdf
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiuOojcurQukYJ0AXW5Utayqq0toDMfoPik_pk-N6oInjqEMqFp5Svds1ZS0BhvP5DYfYrhEe0NvmZb7E-C6qOZbC25g8TXZ18V0IbbztVVrE7pADwYfNN4H9eR2VxprM-Mdxmb_x_ayDW/s320/blog+2.bmp
http://www.scielo.br/img/revistas/abc/v84s1/a01fig02.gif

domingo, 15 de novembro de 2009

Atualização de dados

Neste último dia 14, sábado, o Dia Mundial do Diabetes, a UnB divulgou o número atualizado de pessoas diabéticas no mundo. São 245 milhões, sendo que 70 mil dessas estão no Distrito Federal. 90% dessas pessoas sofrem de Diabetes Mellitus tipo II. Aguarde, em breve, entrevista com uma paciente que descobriu ser diabética há 5 meses.

Fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=47236

sábado, 14 de novembro de 2009

Tudo Azul

É HOJE!!!!

Em homenagem ao nascimento do cientista canadense Frederick Bantin, que descobriu a insulina em parceria com o Charles Best em 1921, a International Diabetes Federation (IDF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) criaram, em 1991, o Dia Mundial do Diabetes - comemorado em todo dia 14 de novembro.

Tal criação ocorreu devido ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo, e conta, a cada ano, com um tema de campanha distinto. Entretanto agora é diferente: o tema lançado terá duração até 2013 e o objetivo é mostrar o poder que a informação tem na educação e na conscientização da população e, dessa forma, chamar a atenção do governo para a criação de estratégias eficientes na prevenção ou retardamento das complicações do diabetes, no diagnóstico precoce da doença, na promoção de ações para reduzir os fatores de risco do diabetes tipo 2 (que é aquele de maior prevalência na população), entre outros. Neste alerta de 2009, direcionado a quem está envolvido de alguma forma com tal mal, o tema é Diabetes: Educar para Prevenir e, como sempre vem acontecendo, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) apóia a campanha mundial, que conta com mais 190 entidades em todo o mundo, e colabora com a divulgação das atividades realizadas no Dia Mundial.

Em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, a International Diabetes Federation (IDF) lançou, em 2007, a ideia de iluminar de azul monumentos espalhados no mundo todo. Aderindo à ideia, locais como Cristo Redentor e Pão-de-Açúcar, no Rio de Janeiro, Ponte JK e Torre de TV, em Brasília, e Obelisco da Praça Sete, em Belo Horizonte entraram na lista e terão sua bela arquitetura - natural ou artificial - azuladas durante a noite de hoje! Mas para isso não é necessário ser uma das sete maravilhas do mundo moderno, qualquer lugar pode participar da campanha, e é este o objetivo: colorir tudo de azul, desde residências e lojas comerciais até pontos turísticos internacionais.


E se surgir a pergunta - Por quê azul? -, a resposta é simples e direta: O símbolo representante do dia 14 de novembro é um círculo azul. A escolha de tal símbolo foi para representar a Resolução das Nações Unidas sobre o Diabetes e a intenção era de que fosse o mais simples possível, para que pudesse ser reproduzida em larga escala e que fosse representativa. Então, surgiu o círculo azul. Círculo para representar a união que é necessária para se combater essa epidemia global em que se tornou o Diabetes, e Azul pois é a cor da bandeira das nações unidas, que também simboliza união.

E se você ainda não se convenceu de que a mobilização é importante, mova-se já! Pois até a Organização das Nações Unidas (ONU) já se pronunciou a favor da campanha e apóia o Dia Mundial do Diabetes, tendo reconhecido esta doença em estado crônico, debilitante e de alto custo.



Referências:
http://www.diabetes.org.br/component/content/article/44-ultimas-noticias/1058-dia-mundial-do-diabetes
http://www.diamundialdodiabetes.org.br
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivan8H9AOO8a4BtW_SAU6ZBXwUgoOgB94yLjXQY9xxDJeLkYPsW_PpmVY_JkX6XkOoW5zFyddZdfPtXrNmCGAcrSUJt8MchNfY5Y0nUe4aueKsj5IpnQOh7Ci6IaRe9ADuwn6anIaaBDM/

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Diabetes 2009

O que acha de reunir conhecimento e praia?

Será realizado nos dias 18, 19, 20 e 21 de novembro o XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes, o Diabetes 2009, que esse ano ocorrerá em Fortaleza-Ce. Os eventos ocorrerão todos no Centro de Convenções do Ceará e tudo foi pensado da melhor forma possível pelos realizadores do Congresso.

Quem se hospedará nos hoteis conveniados, terá direito a traslados que partem do hotel pela manhã e retornam a ele ao final da tarde. Renomados médicos e demais profissionais da área da saúde participarão com a apresentação de trabalhos que trazem as últimas atualizações na área do Diabetes, são 609 trabalhos inscritos, montados em 35 Simpósios. A presença de palestrantes internacionais em tal evento confere a ele grande credibilidade no mundo científico.

E para quem já fez as inscrições - que duraram até o final de outubro - basta agora fazer as malas e ir direto para a praia!



Referências:
http://www.diabetes2009.com.br/bem-vindos
http://www.fisfar.ufc.br/petmedicina/images/stories/sbd.png
http://www.jblog.com.br/media/127/20091004-13145847.jpg

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A transdução de sinal do glucagon


A transdução de sinal é o mecanismo pelo qual o hormônio interage com as células, de modo a provocar modificações nos processos intracelulares. Uma das vias de transdução utilizada pelo glucagon é a via da PKA (proteína kinase dependente de AMPc), e ela inicia-se com a interação do hormônio com receptores específicos na superfície celular.

Essa interação provoca uma mudança na conformação do receptor, que por sua vez, se associa à proteína G, que é uma proteína transdutora de sinal. A proteína G é formada de três subunidades, alfa–beta-gama, sendo que a subunidade alfa está ligada a GDP,e a ligação entre receptor de membrana e proteína G promove a troca GDP->GTP.

A subunidade alfa se dissocia das outras, e na sua forma livre “alfa-GTP", associa-se à enzima adenilato ciclase, que uma vez estimulada, catalisa a conversão de ATP em AMPc. O nível de AMPc aumenta, resultando na ativação da PKA. As reações de fosforilação catalisadas pelo PKA são responsáveis pela interferência metabólica do glucagon.



Referências:
http://www.biologia.arizona.edu/biochemistry/problem_sets/carbomet/graphics/05t.jpg;
Bioquímica Básica, Bayardo B. Torre, Anita Marzocco;
Princípios de Bioquímica, Lehninger at al



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vamos comer peixe?

Recentemente incluído na Dieta do Mediterrâneo, o peixe é um alimento de grande impacto benéfico na prevenção/tratamento do diabetes Mellitus tipo 2.

Esta dieta é baseada na alimentação característica de populações viventes em países da região do Mar Mediterrâneo, como França, Espanha, Itália, Grécia, entre outros. Estudos já comprovaram que tal comportamento alimentar acompanhado de atividades físicas melhora drasticamente a expectativa e a qualidade de vida dos seguidores de tal dieta.

Mas nem só de peixe vive o ser humano. A Dieta do mediterrâneo (que não é fundamentada em restrições, e sim em indicações) aconselha os seguintes componentes para o cardápio: alto coeficiente de ácidos graxos monoinsaturados/saturados, ingestão moderada de álcool, alta ingestão de legumes, vegetais, grãos, frutas e sementes, baixa ingestão de carne e derivados, ingestão moderada de leite e seus derivados e é claro, peixe! Todavia, nessas intervenções nutricionais, é fundamental que os gostos e as preferências do paciente sejam respeitados para que tal estratégia seja eficiente.

Os benefícios desta dieta na prevenção do diabetes tipo 2 são proporcionais ao grau de aderência dos participantes às recomendações nutricionais recebidas.

A Dieta do Mediterrâneo é eficaz, pois a alta ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais, castanhas, feijão e outras sementes garante o fornecimento de antioxidantes, minerais, vitaminas e micronutrientes que são essenciais no correto funcionamento do nosso organismo, auxiliando também na prevenção de doenças. E as gorduras monoinsaturadas são antiinflamatórias e atuam contra o desenvolvimento de processos celulares que dão início às doenças.

Com toda essa ação, a Dieta do Mediterrâneo previne o Diabetes Mellitus tipo 2, a Obesidade, doenças cardíacas, alguns cânceres e Mal de Alzheimer.

Então, o jeito é mesmo comer peixe!! E, de preferência, deixando o camarão, a lagosta e os outros frutos do mar de lado, já que esses necessitam de condimentos que cortam os benefícios do peixe na alimentação.





Referências:
http://www.abcdasaude.com.br/dieta/index_Livro.php
http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/debates/1050-dieta-do-mediterraneo-peixes-frutos-do-mar-e-risco-de-diabetes-tipo-2
http://www.medialsaude.com.br/medicinaPreventiva.asp?menuMP=6B&Id=299
http://cito.com.br/site/fotos/16.jpeg

sábado, 7 de novembro de 2009

Exercícios Físicos e Diabetes

O exercício físico é considerado um grande aliado quando o tema é saúde. Normalmente o aspecto mais associado à pratica de atividades físicas é a perda de peso, mas muito além dessa vantagem estética, estão os benefícios que os exercícios podem oferecer quando aplicados com fins terapêuticos. O transporte de glicose em músculos esqueléticos de mamíferos é estimulado por atividades físicas e insulina.
Existe um grupo de permeases, denominados GLUT (Glucose Transporter), responsáveis pelo transporte de glicose pela membrana plasmática, sendo alguns deles sensíveis à insulina. O GLUT 4 é um transportador com alta afinidade por glicose - seu Km se situa abaixo do intervalo normal de concentração sanguínea de glicose - sendo um dos responsáveis pela captação basal de açúcar. Ele catalisa o transporte de glicose nos tecidos adiposo e muscular, e esse transporte pode ser aumentado em muitas vezes quando em presença de insulina.
O GLUT 4 fica retido em vesículas citosólicas, e seu deslocamento para a membrana plasmática e sua conseqüente fusão tornando-se então uma proteína de membrana, é resultado da ação da insulina. O GLUT 4, enquanto proteína de membrana, atua aumentando a permeabilidade das fibras musculares à glicose, devido ao aumento desses receptores na superfície celular. A atividade física também está relacionada com a movimentação dessa permease para a membrana plasmática, ou seja, de certa forma o exercício está atuando no controle da glicemia, e isso é especialmente importante em diabéticos. Logo, uma atividade física sob orientação adequada é uma excelente forma de auxílio no controle do diabetes, além de trazer outros possíveis benefícios para o praticante, como a melhora da disposição e auto-estima, portanto: vamos malhar!

Referência: Bioquímica Básica; Anita Marzzoco, Bayardo B. Torres
Princípios de Bioquímica; Lehninger, Albert L.; Nelson, Kay Yarborough

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Diabetes Mellitus, o que é?

Diabetes Mellitus é uma doença que acomete milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada, entre outros sintomas, pela hiperglicemia, ou aumento das taxas de glicose no plasma sanguíneo. Esse aumento provém da não produção de insulina, de sua produção insuficiente ou ainda da resistência a sua ação.

Existem dois tipos principais: o tipo 1, ou insulino-dependente, e o tipo 2, ou não insulino-dependente. Ambos dependem de fatores genéticos e ambientais, embora haja maior influência hereditária no tipo 2.

O primeiro é um problema autoimune. O sistema de defesa do organismo ataca e destrói as células beta do pâncreas, que são produtoras de insulina. Normalmente é diagnosticado ainda na infância ou na adolescência. Pode também ser de origem idiopática, ou seja, desconhecida.

O segundo é decorrente de uma anomalia conhecida como resistência insulínica, em que a produção e secreção da insulina aumentam para tentar normalizar a glicemia, mas permanecem insuficientes. Esse tipo de diabetes tem uma grande relação com os hábitos de vida: cerca de 70% dos portadores do tipo 2 são obesos. Apesar de a incidência ser maior após os quarenta anos, tem-se diagnosticado esse tipo de diabetes até em crianças, devido a mudanças no estilo de vida, sedentarismo, alimentação não balanceada...

Estima-se que 90% dos casos de diabetes mellitus seja do tipo 2. Como esse tipo pode ser combatido com a realização de exercícios físicos e com uma alimentação balanceada, uma mudança nos hábitos de vida, tornando-os mais saudáveis, pode ajudar a reduzir os números da incidência dessa doença.

Referências:
www.diabetes.org.br
www.idf.org

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Diabetes: Uma doença que tem História!


As primeiras notações a respeito da doença datam da era egípcia: existem relatos com suspeita de diabetes gestacional entre os Hebreus e no papiro de Ebers já se descrevem sintomas que parecem corresponder ao diabetes (que ainda não possuía este nome).

Por volta de 70 d.C., Areteu da Capadócia, na Grécia, descreveu os quatro grandes sintomas do Diabetes: poliúria (muita urina), polidipsia (muita sede), polifagia (muita fome) e poliastenia (fraqueza). E denominou tal doença com o nome que tem hoje, pois assimilou o fato de entrar e sair muita água ao comportamento de um sifão, no grego - diabetes, no português. Além de Areteu, Galeno também se referiu ao diabetes pela incapacidade dos rins de reter água como o devido.

Desde então, a história do diabetes seguiu um pouco parada; para, em 1670, o médico Thomas Willis descrever o sabor adoçicado da urina dos portadores da doença e atribuir o nome de Diabetes Mellitus (oriundo do latim: mel). Entretanto, a causa de tal doçura só veio a ser descoberta em 1815 pelo Dr. M. Chevreul, que demonstrou que a presença da glicose que atribuía tal sabor. A partir daí, os pacientes com suspeita da doença tinham sua urina provada pelos médicos. Contudo, entre essas conclusões, houve um intervalo em 1775 em que Frank classificou a doença em Mellitus e Insípidus (sem a presença de urina adocicada).

Posteriormente, em 1889, dois cientistas alemães, Von Mering e Minkowski, descobriram que o pâncreas produz uma substância, ou hormônio, capaz de controlar o açúcar no sangue e evitar os sintomas do diabetes. Todavia, o termo "Hormônio" só viria a surgir mais tarde, em meados do séc. XX.


..........................................................................Best e Banting

Em 1921, no Canadá, Frederick Banting e Charles Best descobrem a insulina e, pouco tempo depois (em 1922), aplicam-na no tratamento de diabetes.

Em 1955, é descoberto o primeiro medicamento oral para a diabetes mellitus, em 1966, é realizado o primeiro transplante de pâncreas com a finalidade de tratar o diabetes mellitus tipo 1. E, em 2004, é realizado o primeiro transplante de ilhotas de Langerhans para curar diabetes do tipo 1.

E a cada ano, novas descobertas surgem, como o tratamento por meio de células-tronco testado e aprovado em 2007. Assim, seguimos em busca da cura de tal doença, mas enquanto ela não é alcançada, nos contentamos com a melhoria na qualidade e na expectativa de vida dos portadores da doença.




Referências:
http://www.diabetes.etc.br/historia-descobrimento-diabetes-mellitus
http://www.diabetes.org.br/mais-informacoes/1012-descoberta-da-insulina
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Lh7BnRxKatIpOwlKrcJHIimLy14Sma43USWRlTFr6rHXUcvm92tCj6BkUdagyLBxFEJqqPV3zow5H9sWBergp6QTjGMWcqn-vCOdKGdl_8zVBt8DPECpstnMxxL-2bcgDTEAErQNfwH4/s320/Aretaeus.jpg

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Breve epidemiologia do Diabetes

No mundo - pasmem! -, 194 milhões de pessoas sofrem de diabetes. Dessas, 181,4 milhões, de diabetes do tipo II. No nosso país, são 5,6 milhões de diabéticos: 5,2% da população entre 20 e 79 anos. Segundo Organização Mundial de Saúde, o futuro é tenebroso, ela prevê que esse número DOBRE até 2030. O surto da última década atinge mais assustadoramente os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Há quem diga que devido à associação entre poder aquisitivo e maus hábitos alimentares.

O diabetes é uma das cinco doenças mais mortíferas da atualidade, tendo, em 1988, ultrapassado o conjunto dos tipos de câncer nesse quesito.

Não ache que você está fora dessa, segundo a American Diabetes Association, 6,2 milhões de pessoas são diabéticas não-diagnosticadas e 41 milhões são consideradas por ela como pré-dibéticas.

O jeito é se cuidar!

Fontes: http://www.slideshare.net/ladufg/epidemiologia-diabetes
http://www.diabetes.org/
http://www.diabetes.org.br/

domingo, 1 de novembro de 2009

Boas Vindas!

Considerando o Diabetes uma doença de prevalência considerável na população e que as estimativas dizem que o número de diabéticos no mundo tende a um rápido crescimento, criamos este blog com um único intuito: esclarecer esta doença!

Pra você que tem dúvidas dos tipos existentes, dos novos tratamentos lançados, dos fatores de risco e das complicações do diabetes não há lugar mais apropriado que este. Nós, alunos de Bioquímica e Biofísica da Universidade de Brasília, pertencentes ao grupo de diabetes, utilizaremos esta maravilha tecnológica que é o computador para estendermos os conteúdos dados em sala e aprofundarmos o conhecimento sobre esta doença, por meio de textos informativos que aqui serão publicados com pesquisas e curiosidades a respeito do tema. E qualquer nova dúvida, é só perguntar!

Grupo de Diabetes:
Gabriela Maria Silva Lobo
Fernanda Ferraz de Freitas Guedes
Manuela Cristina Adorno Sousa
Mário Henrique Leite Vasconcelos
Yasmin Jácomo Evangelista Balestra